31 de dezembro de 2009

Amo-te.

E, não sei como, cada vez mais e mais. Amo-te por cozinhares para mim, por me dares miminhos até mais não, por seres o melhor dos amigos, por me amares tanto *.* ... Às tantas, já nem imagino a minha vida sem ti.


[A propósito de fazer hoje dois anos que nos conhecemos. Já agora, feliz 2010 a todos.]

25 de dezembro de 2009

Vamos brincar ao amor?

Há coisas, aparentemente muito simples, que por mais que tente, nunca consigo compreender.
Uma dessas questões relaciona-se com esse conceito de se ser difícil. Pois ser demasiado oferecido nunca ficou bem a ninguém, todavia, andar ali a dizer que não se quer quando se está mortinho para lhe saltar nos braços, é perda de tempo. E depois admiram-se que o outro dê meia volta e parta para outra.
Outra dessas interrogações é «Que é isso de lutar por alguém?». Se tivermos a certeza que essa pessoa também gosta de nós mas que por algum motivo tem receio de dar o braço a torcer, talvez até entenda. Porém, o que eu vejo é pessoas que levam tampa após tampa do mesmo sujeito e continuam dizendo que vão lutar por ele! Ou então outros indivíduos que já terminaram a sua relação há quiliões de meses, mas que insistem em lutar por uma pessoa que não vale a pena. Mais do que lutar por alguém, é atentar com o pouco amor-próprio que ainda deveria existir.
Sem dúvida que me falta jeito e paciência para estes jogos de paixão… Ou então já encontrei amor verdadeiro sem necessitar dessas fantochadas.

22 de dezembro de 2009

Purificação


Nesta rua, é inaudível qualquer vestígio de existência humana. Um pequeno número de folhas secas vagueia pela descida de asfalto, e mais nada se parece mover.

Quebrou este inquebrável silêncio uma aragem desconcertante, gradualmente mais intensa. Beija-me o cabelo e faz dançar a penugem das árvores, transportando de seguida uma sensação de solidão de maiores proporções.

Liberto então o meu olhar neste vazio, nas esperanças corroídas e oxidadas pelo tempo que não se quer fazer esperar. Inesperadamente, sem autorização ou aviso, sinto uma gota de água sobre a minha face, e não sei se é uma lágrima ou a chuva miúda que surge neste momento, acidificando e desgastando o solo.

Sem dó nem piedade, a precipitação fura os telhados repletos de sujidade, fura o banco de jardim esquecido, fura a beata do primeiro cigarro abandonado ao acaso. Cai assim, tão cruelmente, tal como as minhas lágrimas se deitam nos lábios ressequidos em direcção ao âmago do meu ser. Fura e fere, ou não fosse a dor o primeiro sinal da cura.

Depois, escorre. Desliza pelas goteiras, levando as impurezas consigo; navega pela estrada abaixo; flui como gota de orvalho que desfaz a frágil e intocada virgindade matinal. Varre-nos os pecados do espírito, desentope-nos as artérias, essas lágrimas malditas!

Por fim, evapora. É absorvida pela terra e purifica-a, dando vida por onde quer que passe. Também o meu choro me purificou, permitindo a germinação de novos sentimentos.

É pois a água que tudo cura e salva, tanto os males da matéria comos os males da alma…

21 de dezembro de 2009

Salada Russa

O meu cérebro pregou-me daquelas partidas onde é possível interrogar tudo. Um frenesi de ideias flutuam em cada neurónio meu.
Sabem que mais?, o meu cérebro hoje está uma salada russa! Cozido como um ovo, mas fresco como uma alface e, tal como o atum absorve o óleo, também ele absorve cada pensamento à sua volta!




(histeria intelectual também proveniente de algumas horas sem tocar em substâncias comestíveis)

18 de dezembro de 2009

Nostalgia - Capítulo IV

Dormir é bom...



Mas dormir em grupo é ainda melhor.
[07 de Dezembro de 2007]

16 de dezembro de 2009

Duelo de silêncios.

Admito que saí vencida nesta morosa batalha. No entanto, ninguém venceu esta guerra. Tanto eu como tu saímos a perder…

14 de dezembro de 2009

A vizinha do lado

Raro era o dia em que os meus olhos não repousavam na minha vizinha. O seu corpanzil inerte, tricotando incessantemente reminiscências no alpendre da sua habitação, era visível através da janela do meu quarto.

De cabelo grisalho e desgrenhado, olhos graves e miúdos, um ritual insistente dos seus cotovelos afilados incidia no frenético gesticular dos braços moles com direcção ao vazio. As mãos grossas e ásperas coçavam o rosto cujas rugas transmitiam uma sensação de pura apatia.

E era com um deleite inquieto que escutava secretamente as suas vagarosas e ruidosas falas: lamentações, utopias e conselhos de uma vida dura para outras existências anónimas.

Fora sempre ela o exemplo do que eu não queria viver nem ser: o corpo do marido dilacerado no Ultramar, o duro trabalho no campo, a rejeição voluntária do único descendente que se recordava dela, um rol de ódios e amarguras pendentes em cada prega do estômago preenchido de fel.

Não mais avistei a minha vizinha, a quem decidiram trocar a cadeira balouçante pelo leito frio do hospital. Insistem na luta por uma vida que ela afirma a pés juntos não desejar. Menos inóspito seria certamente definhar confortavelmente no regalo do ar campestre. Mas não, o prolongamento inútil daquele sofrimento dá-se num local estranho, onde nem mil pessoas podem disfarçar a solidão que a minha vizinha sente. Essa amarga solidão… que eu tanto receio.

12 de dezembro de 2009

Ice Queen is dead.


Hoje senti calor. Não, não é dessas elevações da temperatura ambiente.
Há muito que me chuparam o sangue e congelaram os pulmões. Tornei-me tão insensível nos últimos tempos, indiferente a qualquer sofrimento que não o meu, enfim, refugiei-me no egoísmo da racionalidade tomada pelo ódio! Todo o sorriso era hipócrita quando o coração não sentia. Os abraços ternurentos destinavam-se apenas à auto-preservação.
E, mesmo sem ponta de vida em mim, consegui magoar-me na mesma. Entre devaneios e outras filáucias, uma leve mancha de ilusão, sonho e pseudo-atracção, levou-me forçosamente a tomar consciência que tal não se poderia prolongar nem mais um só momento.
No presente dia, o degelo teve início. Um abraço semelhante a qualquer outro despertou em mim um (re)nascer. As células voltaram a trabalhar e ganhei cor nas bochechas anterior e simultaneamente pálidas e arroxeadas do frio.
Uma mescla de sentimentos virou do avesso a minha manhã: ciúme, amor, compaixão.
«Estou viva!», gritei para mim mesma.

Mesmo que a inércia me devore a flexibilidade dos membros, que o atrofio dos músculos abraçados a si mesmos na solidão de uma noite tenebrosa permaneçam imóveis, hoje o coração sente. Hoje, eu sinto.

7 de dezembro de 2009

Questão de orgulho.




O que tenho hoje a dizer dói, dói demasiado para que tente sequer transmiti-lo de outra forma que não na angústia dos meus pensamentos.

Contam-se às centenas os dias que passaram desde que ouvi a tua voz pela última vez. Ou que te vi sorrir para mim. Ou que ouvi um “gosto de ti” oriundo dos teus lábios.

Parece incrível como num dia afirmas que eu sou umas das tuas mais preciosas amizades, e no dia seguinte pedes-me silêncio, um silêncio que me comprometi a manter e que, como tal, espero que nunca leias este texto; caso contrário, bem podes afirmar que fui contra a minha própria palavra.

Nunca te usei. Não sei quantas vezes será necessário repetir isto até que entendas. O facto de me ter servido do provérbio «Os amigos servem para as ocasiões», de ter pedido a tua ajuda, não invalida o facto de te amar muito. Se entendes que pedir a tua ajuda para algo que me poderia vir a fazer bastante feliz é usar-te, vale a pena contestar?

Contudo, não afirmo que tenhas sido a única responsável pelas palavras surdas com te diriges a mim todos os dias. Claro que errei!, fui egocêntrica ao ponto de me esquecer que também poderias, tal como eu, sentir-te menos bem. Pedi-te e volto a pedir-te perdão por isso. Mais do que isso, não posso (nem quero) fazer.

Não irei rastejar pelo reatar de quinze anos de história entre nós. A decisão foi inteiramente tua, portanto continua com o teu orgulho que julgas proteger-te de tudo o que te possa magoar. Um conselho de quem se preocupa contigo: às vezes é preciso ficar vulnerável para ser feliz, é necessário correr riscos.

Já cedi que chegue. Ficas aqui a saber como sinto a tua falta, assim como eu sinto que também o sentes.

6 de dezembro de 2009

Meu refúgio


«(...) Isto é para sempre. Tu amas-me, eu amo-te, e isso nunca mudará (e se antes tinha algumas reservas em relação a esta afirmação, guarneço-me agora de certezas).»

1 de dezembro de 2009

Sobre o casamento entre homossexuais

Este tema, também apelidado de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo (que afinal de contas o termo “homossexual” pode ferir a susceptibilidade dos mais sensíveis), inunda os meios de comunicação todo o santo dia, e com toda a razão, pois o assunto é deveras pertinente.

Antes de mais, encontramos na nossa lei uma verdadeira

I-N-C-O-N-S-T-I-T-U-C-I-O-N-A-L-I-D-A-D-E!. Recordemos pois dois artigos da Constituição da República Portuguesa:


Artigo 13º

2 - Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Artigo 36º

1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.


Ora, se todos os portugueses têm o direito de contrair casamento em condições de plena igualdade, e se ninguém pode ser discriminado em função da sua orientação sexual, existe algo que não faz muito sentido e que é urgente modificar.

Em segundo lugar, todos sabemos que o casamento possui um regime jurídico muito específico que difere da união de facto. Nesta última não há efeitos sucessórios, não estão expressamente previstos deveres de assistência, não há um regime de divórcio que assegure a posição de cada elemento do casal e não há possibilidade de regime de comunhão de bens. Digam-me agora que uma pessoa leva a vida a construir uma futuro com a pessoa que ama, e depois, quando o outro vai desta para melhor, não tem direito a nada, simplesmente por ser homossexual!

Algo que também me abala e me faz apetecer trepar paredes são as justificações que algumas pessoas dão para não assumirem que são preconceituosas: o casamento é entre um homem e uma mulher e só assim faz sentido, o casamento é uma união cujo objectivo é assegurar a continuação da espécie, há assuntos no país que merecem prioridade face a estas questões “secundárias”…

Quanto ao primeiro argumento: o amor não tem género. O casamento não é mais do que um contrato que pretende celebrar o amor entre duas pessoas. Independentemente de se realizar entre um homem e uma mulher, duas mulheres ou dois homens, estão ali duas pessoas que têm os mesmos direitos que todas as outras. Não há argumento que possa justificar o prolongamento de uma situação tão evidente de discriminação.

Quanto ao segundo, e baseando-me na minha primeira refutação, o amor é um fim em si mesmo. Se nos fôssemos basear nessa absurda ideia, teríamos de proibir o casamento entre casais heterossexuais que, simplesmente, não pretendem ter filhos.

Em relação ao último, como é que é possível vivermos numa nação em que o dinheiro é superior ao bem-estar das pessoas? Ah, esqueci-me, vivemos em Portugal…

Em suma, se cada um se metesse na sua vidinha e não colocasse entraves à felicidade dos outros, já que isso não os vai afectar directamente, estaríamos muito melhor. Portanto, o duque de Bragança que vá mas é gozar o seu título bem longe e aprovem-me duma vez por todas esta LEI!

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

Chegou finalmente a altura de levantares esse rabo gordo da poltrona e trabalhares um bocadinho (é óbvio que recebes o rendimento mínimo, caso contrário não serias tão mandrião!).
Não me poderia ter comportado de melhor forma durante este ano cujo final se avizinha; já tu estás a merecer umas belas palmadas. Achas bem patrocinares como ofertas natalícias valores unicamente materiais, seu consumista de meia tigela? E mesmo assim és um incompetente, pois ofereces às criancinhas brinquedos bélicos e que incitam à violência! Não poderás tu embrulhar duas doses de ternura para um pai desnaturado, ou três caixinhas de alegria para uma criança com cancro?!
Por favor, não fiques a pensar que o meu objectivo é dar-te um grande raspanete, bem pelo contrário, desejo que sejas muito bem sucedido! Aliás, estou a contar com isso para que os meus pedidos desta época festiva se tornem realidade.
Em primeiro lugar, tens de fazer com a que a minha professora de Filosofia ganhe o Euromilhões e crie um hotel para gatos. Pode ser qualquer outra coisa, desde que a faça desistir de dar aulas!
Em segundo lugar, já que tu és o PAI-Natal, bem que podias dialogar com a MÃE-Natureza, só assim a ver se não está previsto nenhum sismozinho cuja magnitude desvie as placas tectónicas de modo a que o sítio onde resido fique muito mais próximo de Corroios…
E claro, como não poderia deixar de ser, um parzinho de meias e outro de cuecas, que a minha roupa interior ameaça a completa ruína!



Despeço-me com um grande sorriso de compaixão,
Yirien








Texto criado para a "Fábrica de Letras" [clique no link da barra lateral direita]

Quem me dera que as palavras fossem fáceis...

A minha felicidade não passa por ti. Nem sequer lá perto.

Eu forço, eu insisto em passar pela tua auto-estrada como um atalho para aquilo que procuro. Bem, não me vais levar a lado nenhum.

Assim que eu me consciencializar que nem sempre o caminho mais rápido é o melhor, quando eu entender que me enganei e que estou perdida, voltarei para trás. Por enquanto, vou-me iludindo neste desvio, aproveitando minuciosamente cada minuto que tens disponível para mim.

As consequências que venham depois. Não temo mais o sofrimento, ou a desilusão. Deixa-me viver cegamente como não vivo há muito tempo. Os pés que flutuem, já estão entediados de permanecer enterrados no solo.

Quando o confronto chegar, eu resistirei. Sem arrependimentos. Lidarás com as difíceis palavras que te direi, e eu suportarei com um sorriso no rosto o teu monólogo de consolação.

Que o sonho permaneça por mais uns dias…

25 de novembro de 2009

Palavra de agradecimento.


E pude finalmente voltar a sentir o calor da tua voz, o conforto das tuas palavras doces sussurradas ao ouvido, a certeza de um desabafo bem escutado.

Não posso dizer que estiveste sempre lá, que te tive sempre do meu lado, mas hoje pude contar contigo. Hoje ouviste-me, apoiaste-me e aconselhaste-me.

Só tu, e mais ninguém, me consegue recuperar assim para o mundo real.

Muito, mas muito obrigada. :)

22 de novembro de 2009

Simetria.

Numa profunda teia de palavras emaranhadas e bordadas a linha de seda, recordo as evocações hesitantes nas quais o meu nome foi protagonista. Sim, o meu nome já ocupara um papel majestoso nos seus lábios, lábios estes que deixavam suspensos no ar os mais belos adjectivos alguma vez pronunciados. Certamente que essas partículas de tom elogioso já esvoaçaram meio mundo, meia praia, meio coração. Essa sémis do meu órgão vital permanece derretida como barra de manteiga fervida em tigela de açúcar…

mas…



e o resto?

Quando as hesitações dão lugar a impulsivos lançamentos de malévolos substantivos que escorrem pelo suor do seu fel, todas as cartas e outras literaturas perdem as deliciosas conotações que lhes foram atribuídas.
Estivera no eixo dessa sua simetria, até que uma interrogação me afastou significativamente para o lado tóxico da substância química:
- Como queres fazer sumo de laranja, se só te presta metade da polpa?


16 de novembro de 2009

15 de novembro de 2009

Gatografia a preto e branco

A tua negra maldade escondida nesse imaculado e felpudo monte de neve que te encobre as façanhas. Quase que consegues ser humano…




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Forgiven - Within Temptation

Couldn't save you from the start
Love you so it hurts my soul
Can you forgive me for trying again
Your silence makes me hold my breath
Oh, time has passed you by

Ooh, for so long I've tried to shield you from the world
Ooh, you couldn't face the freedom on your own
Here I am left in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

I watched the clouds drifting away
Still the sun can't warm my face
I know it was destined to go wrong
You were looking for the great escape
To chase your demons away

Ooh, for so long I've tried to shield you from the world
Ooh, you couldn't face the freedom on your own
And here I am left in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

I've been so lost since you've gone

Why not me before you
Why did fate deceive me
Everything turned out so wrong
Why did you leave me in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

10 de novembro de 2009

CD do momento.

Estava na cusquice do momento, e no blog da Dreamer Girl (http://joana-dreams.blogspot.com), vi um desafio interessante e decidi experimentar. A partir da abertura de algumas páginas de forma aleatória formar-se-ia um cd, com banda/intérprete.
Então faz-se assim:

1 - Ir a uma página aleatória da Wikipédia (http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random) e o primeiro nome que surgir será o nome da banda.
A mim calhou-me Matt Mihaly.

2 - Ir à pagina das citações aleatórias (http://www.quotationspage.com/random.php3) e as 3 ou 4 últimas palavras serão o nome do CD.
The middle of it (e não é que até soa bem?)

3 - Ir à secção "explore the last seven days" do flickr (http://www.flickr.com/explore/interesting/7days) e a terceira imagem, não interessa o que seja, será a capa do CD.
E a minha até veio a combinar com o título! (ah, a fotografia é da autoria de Maureen duLong!)

4 - Montem tudo no photoshop (ou algo semelhante).





E eis o brilhante resultado:





Tentem, e divirtam-se!

Always the same old story.

"The guy gets all the glory, the more he can score
While the girl can do the same and yet you call her a whore"




Christina Aguilera, Can't Hold us Down

9 de novembro de 2009

Inútil.




Estão a ver quando passa um dia inteiro e vocês sentem que não fizeram nada de útil ou interessante? Então estão a entender o que estou a sentir.

8 de novembro de 2009

Para sempre.


Eu não estou à procura de alguém para amar e respeitar até ao fim dos meus dias. Apenas desejo alguém capaz de te substituir e remediar o vazio que deixaste no meu coração. E sabes que mais? És insubstituível. Sem ti nada faz muito sentido…

No fundo, não quero mais ninguém. Só te quero a ti. Mesmo que defenda a poligamia como condição natural do ser humano, o meu espírito somente a ti pertence.

E, no entanto, já nem me recordo da tua voz ou do teu cheiro… É uma memória tão esbatida, a que tenho de ti… Como se esta doce recordação ficasse exposta a inúmeros factores como uma folha no Outono, despida como o esqueleto de uma árvore no Inverno, e por fim ensurdecida pelo verde manto primaveril, oh, o tempo emudeceu aquele Verão que foi o nosso amor!...

Se acreditasse no destino, diria que fomos feitos um para o outro. Tu és a estrutura óssea desta minha matéria invertebrada, és tu que me dás forma!

Sei que o futuro ainda nos vai juntar, e que vai ficar tudo bem. Um dia, esta alma disforme e acinzentada vai reerguer-se mais uma vez… junto a ti. Quando estiver contigo, vou nascer de novo. Entretanto, vou permanecendo morta, sufocada na tua ausência…

7 de novembro de 2009

Hoje não vou fazer queixinhas.


A vida hoje é bela. Não há problemas esta noite. Tenho escrito, fotografado, estudado (mas sem pressões), os pais não têm arranjado chatices, tenho pessoas maravilhosas à minha volta que me adoram e se preocupam comigo, tenho cada vez menos complexos com o reflexo do espelho.
Não sei porque é que às vezes me queixo da minha vida, estou a conseguir ter tudo aquilo com que sonhava há uns anos atrás.






A VIDA É BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELA :DDDDDDDDDDDDDD

6 de novembro de 2009

Fazes-me sentir tão bem.


E eu gosto tanto disso, e de ti.

5 de novembro de 2009

Parabéns Filipa!

Parabéns meu amor!



Melhor Amiga <3

3 de novembro de 2009

Estranho desejo que por vezes até nos fere as artérias


O pálido vestido desceu até beijar o soalho de madeira. Os olhos de um e do outro se iluminaram, rubras ambas as faces ficaram.
Permaneceram imóveis, cada um dançando sobre si mesmo: ela torcia o pezinho mordendo o beiço; ele desviava o olhar em sinal de contenção.
Timidamente, avançaram um passo desajeitado em simultâneo: ela cobiçou-lhe o peito trigueiro; ele sentiu sede daqueles bracinhos tenros e rosados.
Puderam então sentir o calor um do outro, de tão próximos que se encontravam: ela sugou-lhe os lábios carnudos, ele sentiu-lhe os seios miúdos.
E num surto de voluptuosidade, as bochechas coradas passaram a assumir expressões de prazer: ela desfere paixão até onde a sua boca alcança, ele aperta-lhe as protuberâncias intensamente.
Que se desprenda então a poesia intrínseca a toda a pulsação humana: que o silêncio se evapore através de expirações hedonistas, que se soltem os aromas da inevitável fusão, que o amor se metamorfoseie em pétalas de todas as cores que o olho humano conhece!
Que se desfrute então deste calor efémero ainda não atingindo pelo arrefecimento posterior à doce e inocente jovialidade…

1 de novembro de 2009

Domingo.

Hoje é mesmo um daqueles dias de preguiça irreversíveis. Por mais que lute contra esta inércia, ela vence sempre. Mais vale aconchegar-me no sofá, com uma mantinha e uma comédia romântica, mascar uns flocos de cereais sem leite e gozar o domingo.

O dever que se lixe. O dever que espere. Eu quero é esticar as pernocas e gozar de todo o conforto que o meu pijama me proporciona. Só faltam umas batatinhas assadas com azeite por cima e um croissant de chocolate!...

Hmm, que deleite!

29 de outubro de 2009

Chama-lhe poesia visual.

GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR


grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr



grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr



grrrrrrrrrr



grrrrr




... Pronto. Já passou.

23 de outubro de 2009

Festa dos 16 anos (sweet sixteen)





Obrigada a quem lá esteve!

17 de outubro de 2009

Byebye fifteen,

Nem por um segundo vou sentir saudades tuas.




(e já tenho idade para ter juízo!)

13 de outubro de 2009

Expiração (a frase interminável)

(momento de dizer tudo o que me vier à cabeça:)



Estou neste momento a ver tudo com cores esverdeadas, tenho comichão no nariz, o meu gato é o diabo em animal, hoje chorei ao reler palavras que alguém me dissera há dois anos, hoje saí à uma mas devia ter ficado na escola porque apanhei uma grande seca, tenho de ler o raio dos Maias para avançar para outro mais interessante, apetece-me tentar escrever um poema mas não tenho coragem, tomei plena consciência que o meu blog é uma porcaria pegada, gosto de palavras escritas a negrito, a minha mãe já parava de estar viciada nos Morangos com Açúcar, esta noite não sei se vá ver um filme qualquer que tenho na sala ou se escreva ou se estude, sou o raio de uma miúda estúpida sempre envolta em dilemas, nunca mais me dou ao trabalho de organizar outra festa de anos, há mil anos que não vou ao cinema, apetece-me almoçar amanhã com alguém especial, acho mal as folhas de teste serem tão caras, falta muito pouco para dar um murro numa gorila lá da escola, eu devia mas é ir tomar banho senão irei jantar muito tarde, o Jean está a ganhar um fetiche de morder o correio da manhã (vejam bem como ele é um bom crítico jornalístico!), tenho de tirar os vestígios de verniz das unhas, faltam 25 minutos para as 20h00 e já estou farta de escrever isto. THE END

12 de outubro de 2009

Spotlight.

Acendam as luzes da ribalta! Liguem os microfones! Preparem-se as máquinas fotográficas! Que a multidão que grite um só nome…

O teu. Chegaste e é para arrasar. O cabelo ajustado ao milímetro, o casaco do último grito da moda, os ténis que todos invejam. Aos poucos e poucos avanças na passadeira e a multidão, mais eufórica do que nunca, enfurece entre assobios e lágrimas de puro contentamento por te ver. Onde estou eu nisto tudo? Provavelmente nem estou.

Até me poderia encontrar bem à tua frente, porém meu querido, jamais irias notá-lo e sabes porquê? Porque a única coisa digna da tua apreciação é o espelho que nos separa. Estás tão apaixonado por ti mesmo e pelo teu reflexo que os teus olhos nada mais vêem do que o próprio nada. Nesse teu esplendor jovial em que eles te invejam e elas correm loucas para ti, nesse círculo da tua vaidade, não há lugar para mim. Nunca houve.

Prova disso é quando todos te procuram através das linhas telefónicas e afirmas estar comigo, ao que respondem:

- Quem é essa?

Sou eu! Estou aqui! Mas tu nem o sabes. O teu “eu” de outrora sabia. Este não.

Tens tudo o que necessitas, recuso-me a forçar mais a minha permanência na tua vida. Quem sabe um dia, quando desceres do trono. Enquanto a coroa te servir… Eu não estarei aí.

11 de outubro de 2009

(teu) objecto

É assim que me usas. Quando precisas, lá estou eu. Quando te dou jeito. Quando precisas de um elogio.


De resto, eu chego a existir?

4 de outubro de 2009

Frágil.

Fingimo-nos tão fortes, queremos ser tão fortes... E somos tão vulneráveis.



Estou presa por um fio. Frágil como a porcelana. Basta um toque, e parte-se a loiça toda. Basta um toque.

29 de setembro de 2009

Saudades.

Ao longo de todos estes anos, sempre acreditei que nunca ultrapassaríamos a barreira da indiferença. A indiferença emocional, porque a física há muito que a transpusemos.
E agora sinto saudades tuas. Até me custa a acreditar. Sinto saudades de sentir a tua sombra a assombrar-me os pensamentos nos corredores. Do teu olhar gélido a fitar-me lá longe. Dos silêncios no escuro do teu lar. Daquele beijo vagaroso na face assinalando um pedido de desculpas.
Fazes-me falta, sabes?

Medicamento para sorrir.

Ingredientes:
- pensar muiiiiiiito nas boas memórias do passado;
- sonhar em grande quantidade nas coisas boas que podiam ter acontecido;
- imaginar um futuro brilhante, recheado de boas sensações e de acontecimentos fulminantes;
- ignorar completamente a realidade em que se está inserido;
- acreditar que tudo é possível.





Assim eu consigo. Faz de conta que está tudo bem.

25 de setembro de 2009

Deeper.



mais fundo...



mais fundo...




mais fundo...




mais fundo...



mais fundo...












e o poço parece não ter fim.

22 de setembro de 2009

21 de setembro de 2009

Acampamento PAR - Monte Gordo


Para quem não sabe, frequentei durante as férias de Verão uma formação relacionada com a cidadania europeia, denominada “Na Europa eu Conto”, promovida pela associação PAR – respostas sociais. Foram cinco dias espectaculares, de levar às lágrimas das saudades que todo aquele grupo maravilhoso iria deixar.

E, de facto, saudades foi coisa que não faltou durante o resto das férias. Por isso, a primeira e a segunda formações reuniram-se em Monte Gordo para um campismo de fim-de-semana.

Como sempre, superou as expectativas. Foi a primeira vez que acampei, e adorei. E pronto, de explicações ficamos por aqui, quem quiser mais informações sobre o projecto em que estou inserida consulte www.euconto.org.

O que é queria mesmo falar aqui é do que se desenvolve entre nós sempre que nos reunimos. A PAR é um mundo à parte. A Terra dos Sonhos, como diz a música do Jorge Palma. Uma completa utopia. Lá há respeito, tolerância, felicidade, liberdade, somos todos únicos e especiais. Lá podemos ser nós mesmos (e todas as nossas vertentes!) sem qualquer constrangimento. Como alguém afirmou, lá sentimo-nos mais à vontade do que com a nossa própria turma. Por mais que se tente explicar, é inexplicável. Geralmente apenas conseguimos relatar as actividades que lá se realizam, ou o quanto nos divertimos nelas. É certo que é incrível a forma como conseguimos reter conhecimentos a partir de métodos completamente criativos, porém não é isso que mais me toca, mas sim o afecto que desenvolvemos uns com os outros.

Impressionante como no dia a seguir a termos conhecido alguém já criámosuma extrema ternura por ela e desatamos aos abraços. Tudo isto sem esquecer o nosso hino, que nos dá uma energia sem precedentes.

E como não se consegue explicar tudo o que arrepia os nossos corações, é o segredo de cerca de quarenta pessoas. Um doce segredo.

Lãzudos para todos <3


Ps: quando a minha internet estiver mais rápida, coloco mais fotos :)

16 de setembro de 2009

sweet!

Apanho desilusões deste tamanho logo no primeiro dia de aulas. A sério, andares a contar coisas pessoais da minha vida (e ainda por cima mentira, apenas ouviste alguém falar delas!) a pessoas que sabes que não suporto, é no mínimo desprezível.



Toma mas é conta da tua vida!

14 de setembro de 2009

Fim de férias.

Algoz, 13 de Agosto
Casa, 08 de Julho
Olhão, (entre 2 e 6 de Julho)
Krazy World, 10 de Setembro
Olhão, (entre 2 e 6 de Julho)
Olhão, (entre 2 e 6 de Julho)
Sta Eulália, 25 de Julho
Sevilha, 28 de Junho
Algarve Shopping, 21 de Julho
Krazy World, 10 de Setembro




As imagens não valem por mil palavras, mas como é chato escrever sobre o meu verão todo, ficam aqui algumas fotos :)

Afinal de contas...

Não sou assim tão desnaturada. Acho que estou a ficar com paciência (e quem sabe algum jeitinho) para bebés e crianças. Menos mal.



ps: já não sei que hei-de fazer às borbulhas! GRRRRRRRRRRRRR nem sei o que aconteceu a minha cara! eu até meto pensos na cara para ver se não as espremo. GRRRRRR!

13 de setembro de 2009

Cheia de sorte.

Que giro, estou com o maior ataque de acne da minha vida, o homem do laboratório da fnac anda a destruir o meu trabalho todo (GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!), o meu telefone só recebe mensagens chatas, as aulas estão mesmo aí a começar, tudo me cai das mãos e acho que basta dizerem-me 'olá' para desatar a chorar. Que bonito!

9 de setembro de 2009

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Estou desfeita..............................................................

Cícero.

Tu ressuscitas a vida que já morreu em mim. Trazes à superfície os bons sentimentos que eu julgara já se terem afogado há muito tempo. Foi das poucas conclusões que cheguei aquando da conversa da noite passada…

Isso não significa que te tenha perdoado. Foi mais um desabafo que tanto precisava de vomitar, de te fazer ver como eu tenho precisado de ti! Por isso, a conversação de ontem não chega. Eu disse tanto e tu tão pouco! Presumo então que tenhas obtido o que querias de mim…

Não me digas mais nada e escreve-me antes uma carta. Como nos bons velhos tempos. Quando as palavras me faziam chorar, bem antes de a tua voz não me despertar mais nada do que a indiferença. Escreve-me, por favor.