27 de fevereiro de 2011

Nem sempre o medíocre é péssimo.

Às vezes, é até melhor que o óptimo. Existe na mediocridade bom senso, equilíbrio, estabilidade – no fundo, uma certa ignorância ou inconsciência que permite a felicidade.

Mas se assim o é, se traz todas essas vantagens, porque é que a rejeito?

25 de fevereiro de 2011

25 de fevereiro

Hoje estive num dos nossos últimos locais. No jardim onde trocámos os nossos últimos beijos. No verde dos nossos derradeiros momentos.

Estremeci de tanto sentimento a aflorar de dentro de mim: quis passar por ti e ficar imóvel, frente a frente; quis abraçar-te com toda a força do mundo e pedir-te que nunca mais me deixasses; quis rir pelas boas memórias e chorar pelas más.

Estas centenas de dias que nos separam já deveriam ter sido suficientes para te riscar da minha lista de rancores. Não foram. Ainda estás tão presente...

19 de fevereiro de 2011

Novo ciclo.

Passei metade da minha adolescência (eu e muita gente!) a tentar encontrar os elementos que definiam com perfeita correcção a minha identidade: a roupa que vestia, a música que ouvia, os passatempos com que ocupava as minhas horas livres.

Hoje em dia, tenho no meu guarda-roupa tanto sweats largas como minissaias justas, oiço quase todos os tipos de música, não faço nada de nada nos meus tempos livres (quase não os tenho!).

A verdade é que não há nada que me distinga no meio de uma multidão, não possuo qualquer identidade. Por um lado, é mau (esta aparente insignificância pode-me dificultar - para não falar em inviabilizar – a minha carreira futura); por outro, sinto que o meu interior possui um valor inestimável.

As pessoas sabem quem eu sou por ser quem sou, e não pelas muletas que me acompanham. E isso põe-me feliz.