30 de setembro de 2010

acasos do destino.


Quando hoje te sentaste ao meu lado, julguei termos voltado ao passado. Um passado tão longínquo que eu já quase não me recordava. Aquele em que éramos dois adolescentes infantis e sempre amuados um com um outro, e onde passávamos tanto tempo juntos...
Discutíamos tanto e por coisas tão insignificantes que hoje só consigo rir desses dias. Eu tinha sempre um brilho nos olhos tão grande quando te abraçava! Era tão bom ter-te como amigo!
E embora tenham passado dois anos, encontraste-me exactamente na mesma situação: triste, carente, ansiosa por um ombro amigo. Tens o dom de me fazer expulsar as lágrimas que tento, a todo o custo, conter. E ainda bem que as expeli.


Tive saudades tuas, G.

25 de setembro de 2010

(re)born in 2007.

Foste tu que me esculpiste. Talhaste despreocupadamente a minha maneira de agir, os meus defeitos, o meu sorriso. Definiste, sem sombra de dúvidas, a pessoa que sou hoje.

O melhor é que nem sequer deste conta disso. Já nem o meu nome deves saber.

22 de setembro de 2010

É só mais um dia mau.

Cerca de setenta minutos de pé numa fila absurda para obter uma mão cheia de nada. A impertinente compaixão de alguns professores (como se eu fosse a maior coitadinha do mundo!). A rabugice irritante de alguns colegas. As constantes discórdias com os membros do agregado familiar. O cansaço. A frustração. A raiva por libertar. O desejo reprimido. A falta de um beijo teu.

Há dias em que a paciência humana se esgota. Hoje foi um deles.

Engraçado é...

Ouvir hipócritas a falar da hipocrisia dos outros.

20 de setembro de 2010

És a minha nova casa.

(...)

«Por vezes, demasiado conforto pode vir a ser prejudicial. Deixa-nos entregues à inércia, ao desleixo, à apatia em relação ao resto do mundo.

E eu não quero nada disso, portanto, não me peças de novo para falar do futuro. Esse é um mundo que não pretendo conhecer tão depressa, e assustas-me sempre que o abordas. Eu preciso de continuar a iludir-me de que sou totalmente livre, que nada me prende (nem mesmo estas correntes de cetim nas quais me encontro envolvida) e que, por mais anos que passem, vou continuar sempre assim.»

11 de setembro de 2010