28 de junho de 2010

e sabes lá tu o que significou o teu abraço.

Finalmente, tudo está bem. Podem secar-se as lágrimas, que não vamos necessitar mais delas. Que comece o nosso Verão, minha flor.

25 de junho de 2010

ponto final.

Simplesmente, deixei de me importar.
Não vale a pena sofrer pela nossa amizade.
Não vale a pena sofrer por ti.

15 de junho de 2010

Androginismo.


Todos afirmam ver um futuro em mim. Dizem-me que sou inteligente e que possuo uma carinha laroca, portanto, facilmente conseguirei ultrapassar quaisquer entraves ao meu sucesso. Imaginam-me uma mulher de carreira, trabalhando para a União Europeia ou dedicando-me à política nacional, caminhando segura sobre uns saltos altos enquanto passo a mão pelos meus longos cabelos castanhos. Terei um ou dois romances por ano (a minha dedicação ao trabalho não me permitirá investir devidamente numa relação), não ganharei mal e a minha vida sexual será bastante satisfatória.

Mas… Porque é que eu hei-de ser assim? E se eu não quiser ser como eles querem que eu seja? E se eu me estiver nas tintas para a minha beleza ou inteligência? Não é essa a vida que quero para mim, ser alguém nunca fez parte das minhas ambições (aliás…. Que ambições?)

O meu futuro não será mais do que o constante declínio, a completa miséria e decadência moral. Sem prestígio, sem amigos e sem amor, apenas lágrimas e lamentos por aquilo que foi o meu passado. É apenas desta forma que eu vejo o amanhã, e sou só eu a pensar assim porque só eu me conheço.

Contudo, ainda é cedo para viver o futuro, pois para que tal acontecesse, tinha que desiludir e magoar os poucos que ainda me amam. Primeiro, há que fugir para bem longe daqui, afastar-me de tudo e de todos, desaparecer aos olhos do mundo inteiro.

Só aí sim, poderei finalmente lavar a minha a alma, libertá-la desta máscara que a envolve, despojar-me de tudo aquilo que me identifica o género. Eu não quero ser mulher, e muito menos homem.

Simplesmente… não quero ser ninguém.

13 de junho de 2010

mon soleil.

Vou dar a mão à palmatória: hoje, as palavras são demasiado pequenas. Por mais que me esforce, acabam por ser sempre injustas quando tento escrever sobre ti.
Contigo, sei que posso fechar os olhos e deixar-me guiar pela tua mão, pois se depender de ti, nunca irei cair. Dás-me todo o conforto que eu precisava, dás-me o teu ombro e os teus braços, dás-te na totalidade.




Tal não poderia ter obtido melhores resultados, nunca estive tão feliz! Ao teu lado, o mais nublado dos céus ir-me-á parecer azul como nunca. Se chover, julgarei que estamos na praia e alguém nos salpicou à beira-mar. Contigo, só há luz. Luz nos teus dentes, nas tuas sardas, no teu cabelo, no teu beijo de despedida.

És o meu dia de Verão.

Com carinho.♥

11 de junho de 2010

Lição de história.

Assusta-me bastante que os últimos vinte séculos pareçam ter sido em vão. Tanto esforço, tanta luta e tanto sangue derramado em prol de uma civilização melhor… Tudo isso tem vindo a ser ignorado, esquecido, atirado ao caixote do lixo. Fez-se reset nos cérebros enfezados a quem o futuro pertence.

Revolta-me como nunca constatar que os partidos de extrema-direita voltaram a ganhar força na Europa, revoltam-me os skinheads gritado “morte aos pretos”, revolta-me o facto de olhar para as mesas da minha escola e reparar em suásticas gravadas na sua superfície.

Por um momento julgo que ninguém ouviu falar do Holocausto, da Ku Klux Klan, de Hitler, de Mussolini e de Estaline. Como é que é possível que, mesmo conhecendo as barbáries e atrocidades cometidas que envergonham a raça humana, ainda surjam pessoas com tais ideologias? Com certeza que existe muita gente a precisar de umas aulinhas de História.

Talvez o problema resida mesmo aí, nessas aulas que muitos afirmam ser inúteis e onde os morosos noventa minutos são aproveitados para se passar pelas brasas. Não culpo quem o faz (confesso que também já fechei os olhos por mais de dois minutos à conta do Fontes Pereira de Melo), pois o que precisa de sofrer uma profunda reforma é o programa da disciplina.

Para já, deveria estar incluída em todos os cursos do Ensino Secundário. Em segundo lugar, a sua forma de ser leccionada teria de se submeter a algumas alterações. O ensino de História incita-nos, acima de tudo, à memorização. A única coisa que aprendemos é, simplesmente, a decorar páginas e páginas preenchidas com datas e nomes próprios.

O fundamental, a razão pela qual esta disciplina é tão importante na nossa formação enquanto seres humanos, não é saber que em 1143 foi assinado o Tratado de Zamora, mas sim reflectir sobre a razão pela qual foi tão importante para a identidade nacional. O mesmo se aplica ao capítulo do século XX, ao fascismo, ao anti-semitismo e às grandes guerras.

Se fosse dedicado mais tempo à análise e dissecação dos factos do que a memorizá-los, certamente que os erros do passado não seriam cometidos tantas vezes…

8 de junho de 2010

último dia de aulas.

E finalmente que esta treta toda acabou.

4 de junho de 2010

C

para a minha vida ser perfeita... só faltas tu.