Numa profunda teia de palavras emaranhadas e bordadas a linha de seda, recordo as evocações hesitantes nas quais o meu nome foi protagonista. Sim, o meu nome já ocupara um papel majestoso nos seus lábios, lábios estes que deixavam suspensos no ar os mais belos adjectivos alguma vez pronunciados. Certamente que essas partículas de tom elogioso já esvoaçaram meio mundo, meia praia, meio coração. Essa sémis do meu órgão vital permanece derretida como barra de manteiga fervida em tigela de açúcar…
mas…
e o resto?
Quando as hesitações dão lugar a impulsivos lançamentos de malévolos substantivos que escorrem pelo suor do seu fel, todas as cartas e outras literaturas perdem as deliciosas conotações que lhes foram atribuídas. Estivera no eixo dessa sua simetria, até que uma interrogação me afastou significativamente para o lado tóxico da substância química: - Como queres fazer sumo de laranja, se só te presta metade da polpa?
Couldn't save you from the start Love you so it hurts my soul Can you forgive me for trying again Your silence makes me hold my breath Oh, time has passed you by
Ooh, for so long I've tried to shield you from the world Ooh, you couldn't face the freedom on your own Here I am left in silence
You gave up the fight You left me behind All that's done's forgiven You'll always be mine I know deep inside All that's done's forgiven
I watched the clouds drifting away Still the sun can't warm my face I know it was destined to go wrong You were looking for the great escape To chase your demons away
Ooh, for so long I've tried to shield you from the world Ooh, you couldn't face the freedom on your own And here I am left in silence
You gave up the fight You left me behind All that's done's forgiven You'll always be mine I know deep inside All that's done's forgiven I've been so lost since you've gone Why not me before you Why did fate deceive me Everything turned out so wrong Why did you leave me in silence
You gave up the fight You left me behind All that's done's forgiven You'll always be mine I know deep inside All that's done's forgiven
Estava na cusquice do momento, e no blog da Dreamer Girl (http://joana-dreams.blogspot.com), vi um desafio interessante e decidi experimentar. A partir da abertura de algumas páginas de forma aleatória formar-se-ia um cd, com banda/intérprete. Então faz-se assim:
2 - Ir à pagina das citações aleatórias (http://www.quotationspage.com/random.php3) e as 3 ou 4 últimas palavras serão o nome do CD. The middle of it (e não é que até soa bem?)
3 - Ir à secção "explore the last seven days" do flickr (http://www.flickr.com/explore/interesting/7days) e a terceira imagem, não interessa o que seja, será a capa do CD. E a minha até veio a combinar com o título! (ah, a fotografia é da autoria de Maureen duLong!)
4 - Montem tudo no photoshop (ou algo semelhante).
Eu não estou à procura de alguém para amar e respeitar até ao fim dos meus dias. Apenas desejo alguém capaz de te substituir e remediar o vazio que deixaste no meu coração. E sabes que mais? És insubstituível. Sem ti nada faz muito sentido…
No fundo, não quero mais ninguém. Só te quero a ti. Mesmo que defenda a poligamia como condição natural do ser humano, o meu espírito somente a ti pertence.
E, no entanto, já nem me recordo da tua voz ou do teu cheiro… É uma memória tão esbatida, a que tenho de ti… Como se esta doce recordação ficasse exposta a inúmeros factores como uma folha no Outono, despida como o esqueleto de uma árvore no Inverno, e por fim ensurdecida pelo verde manto primaveril, oh, o tempo emudeceu aquele Verão que foi o nosso amor!...
Se acreditasse no destino, diria que fomos feitos um para o outro. Tu és a estrutura óssea desta minha matéria invertebrada, és tu que me dás forma!
Sei que o futuro ainda nos vai juntar, e que vai ficar tudo bem. Um dia, esta alma disforme e acinzentada vai reerguer-se mais uma vez… junto a ti. Quando estiver contigo, vou nascer de novo. Entretanto, vou permanecendo morta, sufocada na tua ausência…
A vida hoje é bela. Não há problemas esta noite. Tenho escrito, fotografado, estudado (mas sem pressões), os pais não têm arranjado chatices, tenho pessoas maravilhosas à minha volta que me adoram e se preocupam comigo, tenho cada vez menos complexos com o reflexo do espelho. Não sei porque é que às vezes me queixo da minha vida, estou a conseguir ter tudo aquilo com que sonhava há uns anos atrás.
A VIDA É BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELA :DDDDDDDDDDDDDD
O pálido vestido desceu até beijar o soalho de madeira. Os olhos de um e do outro se iluminaram, rubras ambas as faces ficaram.
Permaneceram imóveis, cada um dançando sobre si mesmo: ela torcia o pezinho mordendo o beiço; ele desviava o olhar em sinal de contenção. Timidamente, avançaram um passo desajeitado em simultâneo: ela cobiçou-lhe o peito trigueiro; ele sentiu sede daqueles bracinhos tenros e rosados. Puderam então sentir o calor um do outro, de tão próximos que se encontravam: ela sugou-lhe os lábios carnudos, ele sentiu-lhe os seios miúdos. E num surto de voluptuosidade, as bochechas coradas passaram a assumir expressões de prazer: ela desfere paixão até onde a sua boca alcança, ele aperta-lhe as protuberâncias intensamente. Que se desprenda então a poesia intrínseca a toda a pulsação humana: que o silêncio se evapore através de expirações hedonistas, que se soltem os aromas da inevitável fusão, que o amor se metamorfoseie em pétalas de todas as cores que o olho humano conhece! Que se desfrute então deste calor efémero ainda não atingindo pelo arrefecimento posterior à doce e inocente jovialidade…
Hoje é mesmo um daqueles dias de preguiça irreversíveis. Por mais que lute contra esta inércia, ela vence sempre. Mais vale aconchegar-me no sofá, com uma mantinha e uma comédia romântica, mascar uns flocos de cereais sem leite e gozar o domingo.
O dever que se lixe. O dever que espere. Eu quero é esticar as pernocas e gozar de todo o conforto que o meu pijama me proporciona. Só faltam umas batatinhas assadas com azeite por cima e um croissant de chocolate!...