Uma ideia, eu preciso de uma ideia! Preciso de um projecto! Quanto mais penso, menos coisas me surgem. Há que investigar nos confins da imaginação. Isto tem que acontecer. É em 2009 e pronto, não pode ultrapassar este ano. Algo me vai surgir, eu sei que sim. Se conseguisse transmitir por palavras a ansiedade e nervoseira que estou a sentir!
Um dia dou-me ao trabalho de expressar neste blog as conclusões a que chegámos sobre a pressão para uma beleza impossível. Hoje não. Seja como for, obrigada pela tarde :)
Segundo o Priberam (excelente site, deixem-me que vos diga): Inclinação para procurarmos obter o bem para o próximo.
Okay, estudei uma definição bem mais extensa em filosofia, mas a verdade é que é o que tento ser. Por vezes, dou por mim a sacrificar alguns dos meus prazeres ou vontades em prol de outras pessoas. Não o faço com o objectivo de receber algo em troca ou ser apelidada de Madre Teresa de Calcutá, mas por vezes o coração fraqueja e apetece mesmo enroscar-me no afecto que os outros supostamente nutrem por mim. Ou simplesmente alguma gratidão pelo afecto que nutro por eles.
E o que recebo? Egoísmo, indiferença. Muito obrigada, muito obrigada! Depois de tudo, de tudo o que construímos, destruímos e voltámos a construir assumindo novos contornos e silhuetas… Não estou eu sempre ao teu lado? É preciso retirares-me assim as forças? Parte de mim ainda permanece dentro de ti, por isso, não permitas que me afaste de mim mesma… Fica comigo.
A foto não é nada de especial. Foi tirada num qualquer dia do ano 2007, talvez durante a transição do Inverno para a Primavera, e na altura eu gostei dela por mero acaso. Publiquei-a numa conhecida rede social e recebi comentários bastante positivos. E foi assim, a partir desta fotografia, que nasceu a minha paixão por esta magnífica arte. Esta fotografia foi o início.
Finalmente, consegui-a. Não sei bem como nem porquê, simplesmente, sinto-a em cada passo que dou. É uma sensação desconfortável, no meu ponto de vista, e também inesperada, pois sei que a alcancei sem o típico apoio tão recorrente nos últimos anos. É estranho sentir que as coisas correm bem. Sobretudo tendo a noção de que esta minha nova condição é ainda muito frágil, tal como um recém-nascido indefeso. Esta estabilidade incita-me a novos cuidados: é preciso pegar na criancinha com cuidado e evitar situações em que esta fique exposta a determinados perigos (a não ser que queiramos que a desgraçada voe do nosso regaço e fique com os miolos estatelados no solo). Aí está: esta paz não é pacífica. No fundo sei que basta um ligeiro descuido para rebolar de novo naquela inacreditável avalanche de emoções, mas, afinal de contas, é mesmo isso que eu quero! Este equilíbrio é doentio e mais cedo ou mais tarde ir-se-á estagnar! Oh, por favor, que seja rápido! É tão bom acordar e sentir que nem tudo vai correr bem, que vou experimentar novos tipos de quimeras ou desilusões! Cada dia que passo desta nova forma é uma contagem decrescente para a extinção da pouca vida que ainda reside em mim…