22 de julho de 2011

Puzzle de domingo à tarde.

Rasgar assimetricamente algumas fotografias e reordenar as suas fracções de forma quase instintiva.
Recusar despir o pijama.
Coçar o nariz e rebentar borbulhas.
Esticar as pernas e cruzar os pés.
Abrir de propósito uma tesoura com o intuito de irritar a minha mãe (ela diz que tesouras abertas são sinónimo de "garreias").
Desligar o telefone.
Rodopiar na cadeiras.
Calcular o número de objectos vermelhos no meu quarto (4 almofadas, 3 velas, 3 estojos, 2 tapetes, 2 cortinados, 1 puff, duas canetas, um lápis, um agrafador).
Ver «Os Maias» fechados, a pedirem para serem lidos.
Pensar como é que tenho uma foto do Cristiano Ronaldo (e do Deco, do Maniche e do Miguel) na estante do meu quarto (vestígios da febre do Euro 2004).
Decidir arrancar o Cristiano Ronaldo e fazê-lo efectivamente.
Matutar como é que hei-de tirar os restos do autocolante da madeira do móvel.
Não chegar a nenhuma solução.
Abrir o livro de Filosofia e insistir para mim mesma que tenho de estudar.
Achar que tenho ali tudo o que preciso de saber para Alinhar à direitao teste e fechá-lo de seguida.
Jogar ao quatro e linha sozinha (e mesmo assim perder).

2009

O que resume a minha experiência de três anos de secundário.

«Cada intervalo é uma tortura porque não sei o que fazer ou com quem estar, e esteja com quem estiver sinto-me sempre a mais).»

2009

14 de julho de 2011