25 de novembro de 2010

Neura.

Sei que está prestes a acontecer. Sinto os sinais e não os posso ignorar.

Digo frases ao acaso e sem sentido. Preencho-me de tédio até às entranhas. Rejeito quem me tenta pôr um sorriso no rosto. Mergulho em todas as memórias de um passado aparentemente feliz, e por lá me afogo.

Perdi tudo o que tinha... e tudo o que era. Já não me resta nada. Já não sou nada. Aquilo que eu faço todos os dias não é viver, eu limito-me a observar os ponteiros do relógio seguirem o seu rumo. Mas, afinal de contas, para quê viver? Onde é que está escrito que temos de lutar pela nossa felicidade?

Desperdiçamos todo o tempo que temos a tentarmos ter as melhores notas, a sermos os melhores namorados, a rodearmo-nos dos melhores amigos. De que serve esta sede de excelência? Não nos podemos limitar a ser medíocres?

Eu não quero ser a melhor, nem a mais perfeita, nem a mais inteligente, nem a mais simpática, nem a mais popular, EU NÃO QUERO SER NADA!

Não quero ser nada... a não ser tudo aquilo que eu já fui.

Love(less).

No dia 17 de Fevereiro de 2008, escrevi:

«Tenho medo que (...) só sintas interesse pelas minhas pernas, ou seja lá o que for.»

Agora que já tiveste as pernas, as coxas e tudo o resto, queres mais. Porém, é justamente isso que eu não te consigo dar.

16 de novembro de 2010

M.

- Houve tempos em que disse mais do que um “adoro-te”.
Saiu-me assim, de forma simultaneamente natural e derrotada. Foi estranho afirmar que não te amava, se há tantos anos que tomava isso como um dado adquirido.
Mas, afinal de contas, eu não sei o que é o amor.
Durante todo este tempo, entre nós existiu só existiu gelo, e as nossas ternas memórias ficaram aí congeladas. Eu afastei-te da minha intimidade, e tu fizeste o mesmo. No entanto, o apoio sempre foi mútuo.
Eu dou-te sempre os bons-dias. Gosto de te ouvir falar. Preocupo-me contigo. Sempre que necessitas de um favor, eu ofereço-me desinteressadamente. Quando alguém se pronuncia sobre ti e me pede a opinião, eu sou incapaz de falar, as minhas opiniões sobre ti somente a ti dizem respeito, eu não te julgo à frente de ninguém e ninguém tem o direito de te julgar sem te conhecer tão bem como eu te conheço.
A tua casa é como se fosse a minha. Conheço a mesa da cozinha, a casa-de-banho e as camas, conheço o cheiro do teu quarto , os recados do teu quadro de cortiça e a voz da tua mãe. É como se eu tivesse voltado aos melhores anos da minha vida, aqueles em que eu te afagava o cabelo e assumia a tua amizade como a melhor coisa que eu tinha.
Não é isto amor?
Quero de volta as nossas conversas sem sentido, os longos telefonemas, os estojos riscados, os trabalhos de Fisico-Química, os karaokes ao final da tarde, as aulas de Educação Tecnológica.
Já estivemos mais longe de tudo isto e... É tão bom ter-te de volta.


10 de novembro de 2010

És o meu dia de Verão.


9 de novembro de 2010

SÓ FAÇO MERDAA -.-'

5 de novembro de 2010

E ainda hoje me afecta.

Faz hoje três anos que, sentados numa escadaria qualquer, ousei chegar perto de ti e provar-te os lábios carnudos.
Quem diria que esse beijo simples e sem qualquer romantismo iria mudar a minha vida?

4 de novembro de 2010

Estar velha é...

Ver que o quarto está desarrumado, pensar em dar-lhe uma limpeza e organização... e fazê-lo efectivamente.