7 de dezembro de 2009

Questão de orgulho.




O que tenho hoje a dizer dói, dói demasiado para que tente sequer transmiti-lo de outra forma que não na angústia dos meus pensamentos.

Contam-se às centenas os dias que passaram desde que ouvi a tua voz pela última vez. Ou que te vi sorrir para mim. Ou que ouvi um “gosto de ti” oriundo dos teus lábios.

Parece incrível como num dia afirmas que eu sou umas das tuas mais preciosas amizades, e no dia seguinte pedes-me silêncio, um silêncio que me comprometi a manter e que, como tal, espero que nunca leias este texto; caso contrário, bem podes afirmar que fui contra a minha própria palavra.

Nunca te usei. Não sei quantas vezes será necessário repetir isto até que entendas. O facto de me ter servido do provérbio «Os amigos servem para as ocasiões», de ter pedido a tua ajuda, não invalida o facto de te amar muito. Se entendes que pedir a tua ajuda para algo que me poderia vir a fazer bastante feliz é usar-te, vale a pena contestar?

Contudo, não afirmo que tenhas sido a única responsável pelas palavras surdas com te diriges a mim todos os dias. Claro que errei!, fui egocêntrica ao ponto de me esquecer que também poderias, tal como eu, sentir-te menos bem. Pedi-te e volto a pedir-te perdão por isso. Mais do que isso, não posso (nem quero) fazer.

Não irei rastejar pelo reatar de quinze anos de história entre nós. A decisão foi inteiramente tua, portanto continua com o teu orgulho que julgas proteger-te de tudo o que te possa magoar. Um conselho de quem se preocupa contigo: às vezes é preciso ficar vulnerável para ser feliz, é necessário correr riscos.

Já cedi que chegue. Ficas aqui a saber como sinto a tua falta, assim como eu sinto que também o sentes.

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