20 de março de 2010

e ainda falta o café que me prometeste.

«O que mais eu queria, na noite passada, era ver-te. Só precisava de um sorriso teu, ou então um pequeno beijo, se não estivesse a abusar da generosidade. Vesti-me a pensar em ti, penteei-me a pensar em ti, estive toda a viagem a pensar em ti.


E, no entanto, não te procurei. Sabia que desta vez não te iria demonstrar o meu sorriso frágil e algumas lágrimas tímidas no canto do olho. Ontem era uma rapariga forte e feliz, e não é disso que gostas em mim. Quis ver-te, beijar-te, tocar-te, envolver o meu corpo no teu. E, simultaneamente, não queria nada disso, pois seria transformar-me na rapariga débil e carente que tanto aprecias.

Mais importante do que o teu olá, iria ser a despedida (sim, aquela a que nunca tive direito).»

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