11 de março de 2010

já quase não me lembro do teu nome.


Já foi há quantos anos?... Dois, três?

Foi isso, três anos, e três anos passados, ainda os joelhos me tremem ao ver-te. Após três anos, ainda desejo sentir a proximidade do teu corpo e o calor dos teus beijos. Ainda quero o início a que nunca tivemos direito.

Eu era pequena, frágil, pura… um pálido anjo do qual poderias ter usufruído a teu bel-prazer. Nós os dois naquela tarde ensolarada, deitados sobre os últimos dias de Primavera, olhando absolutamente coisa nenhuma. Julguei nessa altura estar a viver o melhor momento da minha vida!, e os meus gritos mudos de felicidade eram silenciados pelo teu toque ingénuo.

Poderias ter feito de mim o que quisesses. Mas não, pegaste esta tenra criança ao colo e pousaste-a num leito de inocência. Tudo aquilo que eu mais desejava era ter-te entre os meus braços, contudo, tu resististe e preferiste que eu imaginasse um conto de fadas.

Os dezasseis anos deveriam ter-me concedido um pouco de sensatez, e deveria estar agora a agradecer-te pela tua atitude… Não estou. É como te digo, magoaste-me pouco. Deixaste-me com essa permanente sensação de insatisfação.

Da próxima vez, quero-te mais perto. Quero voltar a puxar a tua blusa contra mim e voltar a incarnar esse papel de ninfa, indefesa nas tuas mãos. Quero o nosso início.





ps: a imagem relaciona-se unicamente com o texto por os factos descritos terem ocorrido na mesma altura que esta antiga fotografia.

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