24 de maio de 2010

Socialíssima.

Odeio pessoas. Não, o que eu odeio são os aglomerados de pessoas.

A boca saliva mais do que habitual, o rosto faz-se escarlate, os olhos esbugalham-se e apontam para nenhures, sinto algumas tonturas, falta-me o ar e termino numa asfixia total. Quero desaparecer dali, não quero luzes a incidir sobre mim, nem o meu nome a ser pronunciado. Não quero mérito reconhecido nem sorrisos fingidos em meu redor. Estou a sufocar – não olhem para mim! Quero sair daqui!

Eu não pertenço a esse mundo de idolatrias. Quero o silêncio das paredes do meu quarto, a escuridão dos meus pensamentos, a candura das minhas lágrimas. Isso e um bom livro.

Um comentário:

  1. Sou como tu nisso. Também gosto de ter a satisfação de acertar mas sem que todos os outros saibam.

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