9 de abril de 2010

e juro que da próxima não vou perder o último autocarro.

És um pássaro azulado que pousou nos meus ramos por mero acaso. Tu achaste em mim o local perfeito para repousares; eu nunca me irei cansar de contemplar os teus olhos doces e o sorriso ternurento.

Quero-te dar as boas vindas acolhendo-te entre as minhas flores e alimentando-te dos meus frutos. Por alguma razão me escolheste a mim neste vasto pomar, e há que to agradecer. Só o posso retribuir com aquilo que de melhor tenho em mim.

No entanto, tu és livre e tens asas para voar; eu criei raízes em torno de mim mesma. Um dia irás querer abandonar esta árvore solitária, e eu não terei como te agarrar, porque as minhas raízes só a mim me podem acorrentar. É inevitável.

Eu só espero é que demore muito até esse dia chegar.

Com carinho.


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