8 de novembro de 2009

Para sempre.


Eu não estou à procura de alguém para amar e respeitar até ao fim dos meus dias. Apenas desejo alguém capaz de te substituir e remediar o vazio que deixaste no meu coração. E sabes que mais? És insubstituível. Sem ti nada faz muito sentido…

No fundo, não quero mais ninguém. Só te quero a ti. Mesmo que defenda a poligamia como condição natural do ser humano, o meu espírito somente a ti pertence.

E, no entanto, já nem me recordo da tua voz ou do teu cheiro… É uma memória tão esbatida, a que tenho de ti… Como se esta doce recordação ficasse exposta a inúmeros factores como uma folha no Outono, despida como o esqueleto de uma árvore no Inverno, e por fim ensurdecida pelo verde manto primaveril, oh, o tempo emudeceu aquele Verão que foi o nosso amor!...

Se acreditasse no destino, diria que fomos feitos um para o outro. Tu és a estrutura óssea desta minha matéria invertebrada, és tu que me dás forma!

Sei que o futuro ainda nos vai juntar, e que vai ficar tudo bem. Um dia, esta alma disforme e acinzentada vai reerguer-se mais uma vez… junto a ti. Quando estiver contigo, vou nascer de novo. Entretanto, vou permanecendo morta, sufocada na tua ausência…

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