26 de março de 2011

Torre de Babel.

Sinto-me entontecer. Uma amálgama de vozes penetra-me os tímpanos e vai-me ensurdecendo com uma intensidade cada vez maior. Estou exausta, não aguento mais, quero sair daqui.

Estou farta das conversas, das intrigas, das discussões. Farta de tantas pessoas a interrogarem-me o porquê, de me atribuírem tarefas e responsabilidades como se fosse o único ser humano à face da Terra, de despejarem tudo e mais alguma coisa em cima dos meus ombros. Farta de ter de fingir que está tudo bem e de ter de aceitar a incompreensão de quem sabe perfeitamente que não está – Se se estão nas tintas para mim, porque não tenho eu o direito de me estar nas tintas para vocês?! Caramba, sinto-me a sufocar neste cubículo, dêem-me paz!

É só o que quero... Não ter mais preocupações ou chatices, não ter de responder a mais ninguém e ficar a sós com a minha dor. Afinal, é só ela que me resta...

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