Meu pássaro azul,
O mero acaso que te levou a repousar nos meus ramos não poderia ter sido mais feliz.
Foste tu quem me libertou das raízes de um passado áspero e masoquista. Transportaste as minhas sementes e deixaste-as multiplicar em infinitos “eus”( que nunca pensei existirem nestes troncos ocos). Ensinaste-me a enterrar complexos, medos e preconceitos, deste-me liberdade para aprender a viver.
Em suma, trata-se disso mesmo, de libertação. Pensei que eras só tu quem poderia voar, contudo, contrariaste-me e, aos poucos e poucos, foste desvirginando a folhagem da minha alma até chegares até mim.
Graças a ti, deixei de ser uma árvore e inerte e, tal como tu, já consigo voar. Finalmente.
Com carinho. ♥
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