19 de fevereiro de 2011

Novo ciclo.

Passei metade da minha adolescência (eu e muita gente!) a tentar encontrar os elementos que definiam com perfeita correcção a minha identidade: a roupa que vestia, a música que ouvia, os passatempos com que ocupava as minhas horas livres.

Hoje em dia, tenho no meu guarda-roupa tanto sweats largas como minissaias justas, oiço quase todos os tipos de música, não faço nada de nada nos meus tempos livres (quase não os tenho!).

A verdade é que não há nada que me distinga no meio de uma multidão, não possuo qualquer identidade. Por um lado, é mau (esta aparente insignificância pode-me dificultar - para não falar em inviabilizar – a minha carreira futura); por outro, sinto que o meu interior possui um valor inestimável.

As pessoas sabem quem eu sou por ser quem sou, e não pelas muletas que me acompanham. E isso põe-me feliz.

Um comentário:

  1. permite-me o comentário:

    "Por um lado, é mau (esta aparente insignificância pode-me dificultar - para não falar em inviabilizar – a minha carreira futura)"

    é uma frase curiosa, pelo menos no contexto em que aparece inserida.

    que carreira poderá depender do indicado?

    o well.

    de qualquer forma, sempre tive certa convicção muito pessoal que, mau grado a fraqueza inerente à forma, se poderá resumir mais ou menos assim:

    se a carreira se fizer a partir de mim, fixe; se tiver de ser eu a fazer-me para a carreira, fixe também: isto, claro, se tiver nascido para o que escolhi e tudo até certo ponto tiver corrido bem,

    o que, em última análise, requererá sempre uma dose não negligenciável de sorte :P

    mas não ligues, que, comigo, essa coisa da carreira brilhante falhou espectacularmente e sem surpresas

    - não bastam bons predicados -

    e o facto é que não me sinto mesmo nada mal com isso.

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