25 de novembro de 2010

Neura.

Sei que está prestes a acontecer. Sinto os sinais e não os posso ignorar.

Digo frases ao acaso e sem sentido. Preencho-me de tédio até às entranhas. Rejeito quem me tenta pôr um sorriso no rosto. Mergulho em todas as memórias de um passado aparentemente feliz, e por lá me afogo.

Perdi tudo o que tinha... e tudo o que era. Já não me resta nada. Já não sou nada. Aquilo que eu faço todos os dias não é viver, eu limito-me a observar os ponteiros do relógio seguirem o seu rumo. Mas, afinal de contas, para quê viver? Onde é que está escrito que temos de lutar pela nossa felicidade?

Desperdiçamos todo o tempo que temos a tentarmos ter as melhores notas, a sermos os melhores namorados, a rodearmo-nos dos melhores amigos. De que serve esta sede de excelência? Não nos podemos limitar a ser medíocres?

Eu não quero ser a melhor, nem a mais perfeita, nem a mais inteligente, nem a mais simpática, nem a mais popular, EU NÃO QUERO SER NADA!

Não quero ser nada... a não ser tudo aquilo que eu já fui.

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