28 de julho de 2009

Estabilidade


Finalmente, consegui-a. Não sei bem como nem porquê, simplesmente, sinto-a em cada passo que dou. É uma sensação desconfortável, no meu ponto de vista, e também inesperada, pois sei que a alcancei sem o típico apoio tão recorrente nos últimos anos.
É estranho sentir que as coisas correm bem. Sobretudo tendo a noção de que esta minha nova condição é ainda muito frágil, tal como um recém-nascido indefeso. Esta estabilidade incita-me a novos cuidados: é preciso pegar na criancinha com cuidado e evitar situações em que esta fique exposta a determinados perigos (a não ser que queiramos que a desgraçada voe do nosso regaço e fique com os miolos estatelados no solo).
Aí está: esta paz não é pacífica. No fundo sei que basta um ligeiro descuido para rebolar de novo naquela inacreditável avalanche de emoções, mas, afinal de contas, é mesmo isso que eu quero! Este equilíbrio é doentio e mais cedo ou mais tarde ir-se-á estagnar! Oh, por favor, que seja rápido! É tão bom acordar e sentir que nem tudo vai correr bem, que vou experimentar novos tipos de quimeras ou desilusões!
Cada dia que passo desta nova forma é uma contagem decrescente para a extinção da pouca vida que ainda reside em mim…

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